terça-feira, 4 de maio de 2010

Madrugada sorrateira...

Nada para se fazer? Não sei ao certo. Minha atenção se prende à dor que não existe. Será possível viver assim, tão bem? Sem nada a incomodar, aquele estranho familiar. Uma pontada no peito, a sensação do desespero. Será que é mesmo assim que estou? Tão livre, que posso me permitir, transbordar o comum? Poder apenas olhar e deixar vir, tudo que desejo expor, dizer adeus aos gritos sofridos, aos sorrisos melancólicos, aos avisos desconcertantes. Ser assim, ser natural. Sem preocupações com a voz do outro. Sou eu, me pertenço. Se digo que me importo, falo primeiro que me importo comigo! Pois sem mim, não existo! Faz sentido? Completo! Para mim que é a quem me destino.

Gostoso sentimento este, de nada me prender e a tudo me permitir. Até quando poderei me manter assim? Serena e consciente, de meu limite, de minha identidade? Não deverei me acorrentar a prazos. Oportunidade única. Transpor barreiras, que me eram grandes entraves, será tempo de me guiar. Sem esconderijos parcos, que por pobres condições, mais revelam meu ardor, meu querer. 

Cara a cara, verdades vão surgir, o meu não importar com você, será falta de precisão? De respeito ou compreensão? Prefiro não pensar. Fase egoísta. Quero pensar em mim... me permitir tudo ao que me resguardei. 

Afinal, posso tudo que quero!




*Ao som de:

Namorar - Chicas
O que eu não sou - Chicas
Oração - Chicas

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