sábado, 31 de março de 2012

Intenso

Foi um doce encontro, de olhos que há muito queriam se ver. Uma deliciosa troca, do que mesmo? Daquilo que corria por dentro, que era só emoção. Ardente, em estado borbulhante. Pronto a se derreter em vivos sentimentos, que pudessem exalar aquilo que lhes corroía. Era encontro para ficar na lembrança, na memória de quem não esquece o que lhe tanto vibra o corpo, a alma. Na troca, foi-se a solidão e da despedida, nasceu querer. Que seria, enquanto o desencontro persistir, o alimento daqueles que há pouco, nada disso sabiam. Que existiam olhos que pudessem marcar. Olhos que atravessavam e ao longe viam, se encontro existir, com sorrisos até se pode sonhar. Vão nessa imensidão de possibilidades, substituir calmaria, por tensão e nessa pura intensidade vivenciar aquele querer, nascido do que talvez nem pudesse existir.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Há braços?

Por que tudo tem que ser tão vazio? Cansei de não encontrar ninguém ao meu lado nos momentos que mais preciso. Se ofereço meu ombro, por que eu mesma não possuo um colo pra chorar? Todos andam ocupados. Só com seus sofrimentos se bastam. É só falar, chorar, desabafar... E o meu pesar sufoca. Quantas vezes eu quis gritar, só para me ouvirem! Ei aqui mora um coração machucado também! É tão importante pra mim quanto o seu. As feridas dele não se ocupam de cicatrizar, apenas aumentam. Cada dia mais e mais ferem, doem, contorcem a alma no sofrer. Mas estou ali, forte, pronta para o combate. Olhos e ouvidos atentos, porque eu sei que é importante para você o meu abraço. Mas e eu? Há braços para mim? A cada dia rezo para que sim.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Saudades, a ordem do dia.

Mais um recomeço. Vontade de escrever para me sentir viva de novo.


Como é bonita essa tal saudade, afinal, só quem viveu é capaz de senti-la. Quanta gente desperta essa vontade de reviver, relembrar, estar de novo ali, com eles por perto... alguns a gente quer sempre, outros só pensar novamente. Ah nada como o lembrar um sorriso, um olhar, uma palavra, um toque, um cheiro. Ter ali vivo na memória o momento especial, o instante que foi suficientemente mágico para ser capaz de ser revivido tantas e tantas vezes quanto você consegue se lembrar. Saudade é sempre bonita porque é querer estar perto. É estampar no rosto o sorriso pela piada contada a tempos, encher os olhos de lágrimas por lembrar-se das palavras de amor, é se envergonhar pelas micagens passadas, é isso, algo que a gente pode muito bem confundir com viver.