sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Momentos...

Eu dou risada da minha tristeza,
A falta de coragem
Pra fazer mudança.
A pouca vontade
De seguir em frente.
Ternura, que foi,
Sorrir e depois,
Caminhar indiferente,
Um passado,
Calado espaço
De vivências intensas,
Solidão constante
E nada além.
Esperar o amor
Nascer, resplandecer.
Em mim...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Minha pequena


Doce menina
Que visita minha mente,
Com seu jeito faz 
Brilhar os olhos meus,
De maneira condescendente, 
envolvente.
Quero fazê-la sorrir
Tornar-me viva a ti,
Pequena alegria.
 
Ouvir seu sonhar
Pensar você
Como a beleza
Com o querer
E o pesar.
De você ser assim,
Bem impossível a mim.

Longe e aqui
Presa ao tempo,
Faço números de suas contas,
Que caminhe rápido,
A florescer você,
Em mulher de amar,
De morrer de amores.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ser ou não-ser?

Sinto uma pressa de não-ser. Não ser o que espera de mim, não ser quem te acolhe, não ser quem sustenta a sua versão dos fatos... fadados erros sem fim. É necessário a minha precisão, essa falta do ser. Não sou, nem serei o melhor pra você, não sou nem serei o seu amor, o seu carinho. Não sou e não espero ser marcante pra você, nem envolver-te em laços de emoção sem fim. Não serei mais, o motivo da sua descompensada falta de razão, nem mesmo dos seus perdidos desejos.
A vida caminha assim... vamos vivendo, nos envolvendo e percebendo, em que momento, não somos mais. E pra você, percebi que não sou importante, querida... não da forma que eu, tão certa de ser, esperava. As verdades são assim, quando não ditas, caladas e esquecidas, não deixam de ser. Na forma e hora exatas eu soube. Tudo que julguei não existir, ser obra da mente insegura e pouco prática, era real... sutilmente, real.
Até me dói, saber assim, que ter sonhado ser, foi de todo inútil. Tanta dedicação, tanta coisa deixada pra viver mais tarde, ao seu lado. Ser com você. E hoje, você me faz, simplesmente, não-ser.
Perdi, não só tempo, não só vontade, não só amor. Perdi meu ser. E era tão importante a mim. E agora, ter me desconstruído faz você ser?
Já não tenho mais a paciência de antes, nem quero tê-la, pois ao empregá-la, estarei sendo a você, algo que você não mais merece de mim. Quero guarda-te em meu passado, como o livre esquecimento, do que pude ser. Tão banal e pequena, em aceitar-lhe os desafios tristonhos. Recobro agora, quem sempre fui. E quem, eternamente, agora e em diante, buscarei, outra vez, ser.

domingo, 15 de agosto de 2010

Tudo isso...

Esse tal lance,
de você ser assim,
a completude da minha essência, 
me encanta. 
Essa coisa de você ser
o sorriso das horas pouco serenas,
me diverte.
Esse sentido de você saber 
o que se passa no meu sonhar, 
só na fixação de nosso olhar, 
me emociona. 
Essa tal mania, 
de contrariar minhas incertezas
e fazer delas um sim 
estampado na cara, 
me acalma. 
Esse jeito de fazer de cada dia, 
um a mais especial,
me acalenta. 
Essa força, que mesmo leve, 
arranca as tristezas de mim, 
me guarda.
Essa forma de esconder
o que te aflige, para poupar-me
me cativa.
Esse conceito, de fazer 
de nossas vidas, uma música
das melhores de se ouvir,
me amolece.
Essa gostosa rotina, 
de me fazer feliz,
me humaniza
Essa situação, 
de você ser anjo meu,
tão pequenina e envolvente,
me enobrece.



Ao som de:
Chicas - Esquadros
Madá - Mais um trago
Madá  Samba e blues
Ruanitas - Fui eu


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Talvez

Sinto que nasci assim..
Um abrigo mudo,
Singelo em seu pensar.
Apenas para estar
Sem ser notado
Ou pensado.
Apenas ali, para
Um precisado
Forasteiro,
Que das palavras
Necessita.
Serei sempre
O elo.
Realidade, amor
O mais doce pensar.
E me satisfaço
Desse modo
Um não-existir
Tão presente.